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O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), acompanhou a votação na Câmara Municipal na quinta-feira (16/1), onde foi aprovado o projeto de lei que concede auxílio de R$ 1 mil às famílias afetadas pelas chuvas em Cuiabá no último final de semana. Ele classificou como "oportunismo barato" a tentativa de aumentar o montante que seria entregue pela prefeitura aos atingidos.
Os parlamentares rejeitaram emendas propostas pelos vereadores Daniel Monteiro (Republicanos) e Jeferson Siqueira (PSD), que alteravam o valor a ser pago. Daniel queria um acréscimo de R$ 200 para famílias com crianças menores de 12 anos, enquanto Jeferson sugeriu aumentar o valor da bolsa de R$ 1 mil para R$ 3 mil.
O prefeito criticou a proposta dos vereadores e sugeriu que eles doassem parte de seus próprios salários. Segundo ele, as propostas apresentadas podem ser plausíveis, mas parecem "oportunismo barato".
"Acho que eles podem também fazer essa doação da própria conta deles. Eles, além de ter recursos próprios que são salários grandes, como todos nós, podem fazer esse trabalho voluntário. Qualquer um de nós pode fazer, assim como eu tenho feito", disse.
"Eu entendo a propositura dos vereadores. Só que é um oportunismo barato, na minha visão, no momento que Cuiabá está passando e que as pessoas estão passando. Eu acho que a intenção pode ser plausível, a intenção pode ser boa, mas o projeto não é esse o foco. Imagina, uma pessoa tem 5, 6 filhos cadastrados e torna esse projeto como um projeto de assistência econômica. Não é essa a finalidade do projeto. Não é esse projeto".
Segundo Abílio, a quantia fornecida não é um auxílio emergencial, programa social ou bolsa família. Ele mencionou que a medida nada mais é do que uma ação emergencial para compra de itens essenciais, como materiais de limpeza e utensílios, porque a prefeitura não possui contrato ou licitação.
"Se tivéssemos contratos com fornecedores de colchão, de alimentos para formar cesta básica, de materiais de limpeza ou de alguns utensílios, a gente não precisava fazer esse auxílio. A gente podia simplesmente comprar e entregar para as pessoas. Agora, o que a gente está fazendo é, se nós não temos a condição de comprar e entregar, a gente vai entregar o dinheiro para que essas pessoas possam comprar os outros bens necessários para retomar", finalizou.
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